SECULT PROMOVE 11º ENCONTRO DE FOLIA DE REIS EM GOIÂNIA

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Por Fernanda Machado para SECOM/Goiânia

A folia é considerada uma expressão do Brasil agrário, um evento popular, que transcende a esfera religiosa de sua origem, aliando aspectos profanos e regionais

A Secretaria Municipal de Cultura (Secult) realiza no próximo dia 29, na Praça da Matriz de Campinas, o 11° encontro de Folia de Reis em Goiânia, que terá início às 6 horas, com a tradicional alvorada. Em seguida, às 7 horas, os convidados e foliões participarão da missa na igreja Matriz de Campinas, seguindo às 8 horas para o café da manhã. A abertura oficial do encontro acontecerá às 9 horas e contará com a presença do secretário municipal de Cultura, Kleber Adorno, e do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, além de outras autoridades.

A programação do encontro será estendida com apresentações dos 80 grupos de foliões (de todo estado de Goiás, até agora registrados), intercaladas pelo almoço (estima-se cerca de 2 mil refeições), e ao final, o show de encerramento às 18 horas (grupo não definido).
 
A programação completa do encontro ainda não foi fechada.
TradiçãoA folia é considerada uma expressão do Brasil agrário, que tem características próprias, expressas em coreografias, ritmos e canções. Evento popular que transcende a esfera religiosa de sua origem e alia aspectos profanos e regionais. Apesar das particularidades locais, todos os grupos têm como característica a preservação dos versos e danças.

No Brasil, a Folia de Reis é uma das tradições herdadas dos colonizadores portugueses, com influências das religiões exercidas pelos escravos e, mesmo no Brasil, é diferente em algumas regiões.

Essa festa comemora o nascimento de Cristo. O enredo lembra a viagem que os três reis magos - Baltazar, Belchior e Gaspar - fizeram a Belém para encontrar o Menino Jesus. Os palhaços, vestidos a caráter e cobertos por máscaras, representam os soldados do rei Herodes, em Jerusalém, e na Folia têm a função de animar a festa e espantar os maus espíritos.

Da tradição portuguesa, os foliões pedem licença para entrar e começam a cantoria. Os cantos, chamados também de tala e contra-tala, têm aquele falsete agudíssimo, um lamento choroso que corta o sertão paulista, mineiro e goiano. 

É assim a cada ano: o Alferes da Folia, chefe dos foliões, pode bater à porta a qualquer momento, de manhãzinha, seguido dos palhaços do Reisado e de seus instrumentos barulhentos. 

Elementos da Folia
Instrumentos: Viola, violão, sanfona, reco-reco, chocalho, cavaquinho, triângulo e pandeiro;
Personagens: Os personagens somam 12 pessoas, que trajam roupas bastante coloridas. São eles:mestre, contra-mestre, os três Reis Magos, palhaços e foliões;
Mestre e contra-mestre: Detêm as informações sobre a folia, comandam os foliões;
Palhaço: com seu jeito cínico e dissimulado, protege o Menino Jesus, confundindo os soldados de Herodes. O jeito alegre e suas vestimentas coloridas são responsáveis pela distração e divertimento dos que assistem à apresentação.
A fantasia é composta por máscara confeccionada com pele de animal. Atua um pouco afastado da formação normal da folia, nunca adiantando-se à bandeira. O personagem dança e improvisa versos.
Foliões: São homens simples, geralmente de origem rural.
Reis Magos: Representam os três Reis Magos em sua viagem de esperança.
Enredo: Grupos peregrinam por ruas à procura de acolhida ou em direção a algum presépio. Cantadores trajados com fardamento colorido entoam versos que anunciam o nascimento do menino Jesus.

Serviço
 11º Encontro de Folia de Reis 
Data: 29 de janeiro 
Horário: 6h 
Local: Praça da Matriz, em Campinas
Contato: 3524-1709 / 1755

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